A queda do monomotor Cessna Skyline 182, em Manoel Urbano, interior do Acre, que matou uma pessoa e deixou outros seis feridas, voltou a ser pauta na sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Nesta quarta-feira (20), o deputado estadual Tanízio Sá fez duras críticas sobre a atuação do piloto da aeronave, Roner Mendes. O parlamentar chamou o piloto de irresponsável por ter transportado sete pessoas em um avião com capacidade máxima apenas para quatro.
“Aqueles aviões ele não é feito para seis passageiros. É para três e o piloto. Nem banco tem. O pessoal vai no fundo do avião. Aí tu bota a bagagem desse pessoal. Ali ele arriscou a vida dele. Foi ceifada a vida de um pai de família, de um empresário, de um trabalhador”, disse.
Tanízio ainda falou sobre suposições em relação às causas do acidente.
“No mínimo o avião decolou mas não pegou altura. Ele iria bater nas árvores na frente da fazenda. ele tentou retornar, ao tentar pousar numa área não apropriada, bateu numa cerca e capotou. Nem bateu os botões para desligar as baterias para não incendiar, que é o primeiro critério dos pilotos no treinamento, para não deixar o avião pegar fogo. A gente lamenta a situação. Ele não premeditou. Não foi um crime doloso. Mas botar aquele monte de gente, com bagagem dentro de um avião, com todo respeito, mas foi no mínimo irresponsável. Primeiro, que eu nem embarcaria com um avião com seis pessoas”, completou.
O piloto foi defendido pela deputada Antônia Sales (MDB), que disse que Roner é um profissional experiente e não tem culpa pelo acidente. A deputada seguiu o mesmo discurso do deputado Edvaldo Magalhães, que a empresa aérea deveria ser responsabilizada pela queda.