O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), também conhecido como “Enem dos concursos”, foi adiado pelo governo federal. As provas, que seriam aplicadas neste domingo (5), foram adiadas devido à situação de calamidade no Rio Grande do Sul, causada por fortes chuvas.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) do Brasil, Esther Dweck, anunciou o adiamento em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (3). Ela afirmou que uma nova data ainda não foi definida e que a decisão foi tomada considerando a logística da prova e a segurança dos envolvidos.
Dweck destacou que a realização da prova no Rio Grande do Sul seria impossível, seja pelos locais de provas afetados, pela impossibilidade de segurança na realização das provas, seja pelo risco de vida das pessoas envolvidas neste processo.
O CPNU tem como objetivo democratizar o acesso aos concursos. Segundo a ministra, o adiamento protege não só os moradores das regiões afetadas pelas chuvas, mas também pessoas de outros estados de possível judicialização das provas.
Na quinta-feira (2), a pasta havia anunciado que a aplicação do concurso seria mantida no domingo. No entanto, um balanço divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul na sexta-feira mostrou que o número de mortos devido às fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana subiu para 37, afetando um total de 235 municípios.
Cerca de 100 mil pessoas estavam envolvidas com a prova, sendo 80 mil candidatos e 20 mil profissionais que atuam na logística do CPNU.
O CPNU selecionará candidatos para 80 carreiras em mais de 20 órgãos públicos do governo federal, incluindo ministérios, fundações, agências reguladoras e institutos de pesquisa. Há vagas para profissionais de níveis médio, técnico e superior.
As carreiras estão divididas em oito blocos temáticos. No ato da inscrição, o candidato escolhia um dos blocos e indicava sua ordem de preferência entre as carreiras daquela opção.
O concurso oferece um total de 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos federais. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) oferece o maior número de vagas, com 1.480 oportunidades.
De acordo com o ministério, serão reservados percentuais para cotas específicas no concurso: 5% do total de vagas de cada um dos cargos a candidatos com deficiência; 20% a candidatos negros; 30% das vagas para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para candidatos de origem indígena.