Nas últimas semanas, a qualidade do ar em Cruzeiro do Sul e demais municípios da região do Juruá tem se deteriorado significativamente. O motivo é o aumento expressivo das queimadas, uma prática comum nesta época do ano, mas que, em 2024, tem atingido níveis alarmantes. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Acre registrou um crescimento nas áreas queimadas em comparação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com especialistas, a fumaça gerada por essas queimadas está diretamente ligada ao aumento de problemas respiratórios entre os moradores. Hospitais da região já relatam uma maior procura por atendimento médico devido a sintomas como tosse, falta de ar, alergias e agravamento de doenças pré-existentes, como asma e bronquite.
Além dos impactos diretos na saúde, a densa camada de fumaça que cobre a região também prejudica a visibilidade e pode interferir no tráfego aéreo, conforme alertam as autoridades locais. O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul tem intensificado os esforços para combater as queimadas, mas a extensão dos focos e as condições climáticas desfavoráveis tornam o trabalho extremamente desafiador.
Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, medidas estão sendo tomadas para conscientizar a população sobre os riscos das queimadas e a importância de práticas agrícolas sustentáveis. Campanhas educativas e ações de fiscalização estão em andamento, mas a colaboração de todos os setores da sociedade é crucial para reverter essa situação.
A população é orientada a tomar precauções, como evitar atividades físicas ao ar livre nos horários de maior concentração de fumaça e manter-se hidratada. A previsão é de que a situação permaneça crítica enquanto as queimadas continuarem em ritmo acelerado, reforçando a necessidade de ações emergenciais para preservar a saúde pública e o meio ambiente.