Atualmente uma cortina de fumaça cobre uma área de 5 milhões de km², que corresponde a 60% do território, segundo a pesquisadora do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Karla Longo. A informação foi revelada ao site Poder 360.
A pesquisadora informou que a pluma das queimadas pode continuar ocupando parte do país até outubro. Em entrevista ao site, ela afirmou que que a maior emissão vem de queimadas no Pará, Amazonas e Acre. “Essa fumaça produzida nessa região é empurrada pelos ventos alísios para a região da barreira dos Andes e na Cordilheira é deslocada em direção ao sul do país”, disse.
Em razão da direção das correntes de vento e de barreiras naturais, a fuligem se concentra na região entre Acre e Rondônia.
Péssima qualidade de ar
Nesta segunda-feira (9), o Boletim da Seca, divulgado diariamente pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), por meio do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), aponta que quatro cidades do Acre estão com a qualidade do ar considerada péssima.
As cidades de Porto Acre (154,74 μg/m³), Brasiléia (147,04 μg/m³) e Manoel Urbano (129,18 μg/m³) estão com qualidade do ar considerada péssima. Além delas, Rio Branco também integra a lista com dois pontos de monitoramento com qualidade do ar péssima, sendo na Ufac com 334,73 μg/m³ e no Centro com 153,03 μg/m³.
As outras cidades com qualidade do ar acima da média aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Considerada muito ruim estão as cidades Sena Madureira (123,05 μg/m³), Santa Rosa do Purus (120,21 μg/m³), Assis Brasil (110,34 μg/m³), Xapuri (108,55 μg/m³) e Cruzeiro do Sul (85,68 μg/m³). As cidades consideradas ruim são Jordão (67,58 μg/m³), Tarauacá (58,93 μg/m³) e Feijó (55,09 μg/m³).
A média recomendada por dia Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 15μg/m³.