O sargento Bernardo, do Corpo de Bombeiros, explica que a nomenclatura profissional mudou de salva-vidas para guarda-vidas. “Antes a gente era chamado de salva-vidas, porque a gente agia só na hora do salvamento. E agora reformulamos esse nome para guarda-vidas. Nosso principal papel é a prevenção, prevenir para que o afogamento não aconteça”, conta.
De 30 vagas, 69 se inscreveram, apenas 28 fizeram o TAF, e hoje 16 estão fazendo o curso e 3 estão participando da reciclagem. A carga horária é de 52 horas, sendo das 7 da manhã às 17 horas. “Durante esses dias, eles, além de estarem sendo treinados fisicamente para um salvamento, tendo noções de primeiros socorros, salvamento aquático, também estão sendo preparados psicologicamente para uma necessidade de um salvamento, em uma situação de pane ali, eles conseguirem desenrolar essa missão”, pontuou o militar.
Rodrigo Almeida do Nascimento, que atua na área de segurança, diz que o curso amplia as possibilidades de trabalho. “Fui do exército, trabalho na área da segurança e sempre tive vontade de fazer esse curso. A técnica, principalmente, é de salvamento. E com a técnica e a prática do instrutor, a gente é instruído a fazer qualquer tipo de salvamento, em qualquer situação. Como eu trabalho já na área da segurança, isso é um curso que serve para aprimorar mais na vida da gente, que tanto serve na vida militar como serve para a vida civil, é um curso de aprendizado que, no dia a dia, em qualquer situação, a gente pode estar salvando vidas”, relata.
Francisco Náles, que é guarda-vidas desde 2013 e coordena o grupo. Ele exalta a realização de mais um curso em Cruzeiro do Sul, e conta que salvou vidas com as práticas que aprendeu nas aulas.
“É muito importante porque o guerreiro adquire conhecimentos e técnicas. É um curso importante para que na hora que você estiver em serviço em um balneário e de repente tem alguém que está se afogando, precisando de ajuda, se agir corretamente, não corre o risco de ser mais uma vida perdida. Os casos mais comuns são as crianças, aqueles que não sabem nadar, então a gente tem que estar sempre atento quando está em serviço. Muitas situações acontecem, a gente consegue salvar, até porque a gente trabalha também com a parte da prevenção. É muito gratificante quando a gente salva e vê ali viva a pessoa que poderia ter perdido a vida. Isso é muito importante“, conclui.
