A empresa Vinci Airports, que administra os aeroportos do Acre, informou que a pista em Cruzeiro do Sul não será mais fechada durante o dia para a execução de obras no local, como havia anunciado anteriormente. Por meio de nota, a administradora afirmou que segue em tratativas para minimizar ao máximo o impacto dos reparos no funcionamento do aeroporto da região, que já é problemático.
De acordo com a empresa, as obras devem ter início nesta segunda-feira (26) e as intervenções iniciais não irão afetar as operações de taxi aéreo durante o dia. Porém, a segunda fase dos reparos será mais complexa e vai requerer o fechamento da pista, e a empresa afirma que vai buscar negociações para chegar a um cronograma com o menor impacto possível.
“As obras do aeroporto estão previstas no Contrato de Concessão assinado com a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) e visam garantir a segurança e a continuidade das operações aeroportuárias, além de melhorar a experiência de viagem dos passageiros, promover o turismo e impulsionar o crescimento econômico local”, ressalta a nota.
Ainda segundo a empresa, o cronograma da obra considera o período de estiagem na região, e precisa que as atividades sejam executadas por pelo menos oito horas ininterruptas para cumprir o prazo previsto pelo contrato de concessão.
No dia 1º de junho, a administração do aeroporto havia divulgado que o espaço ficaria fechado durante o dia, com o seguinte cronograma de fechamento:
às segundas-feiras, terças-feiras, quintas-feiras, sextas-feiras e sábados: das 08h30 às 17h;
às quartas-feiras: das 12h às 18h;
não haveria fechamento do aeroporto aos domingos.
Com essa programação, a Vinci Airports afirmou que os voos da Gol, a única empresa que opera na cidade, não seriam afetados.
O fechamento do aeroporto para aviões de pequeno porte acabou gerando polêmica. Inclusive, durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) questionou o cronograma estabelecido pela empresa para a realização das obras no aeroporto.
Segundo ele, os horários estabelecidos pela empresa Vinci Airoports para a recuperação era incompatível com os horários dos voos regionais. Magalhães também salientou que a navegação pelos rios fica inviável na região com a chegada do verão.