Após um grave acidente de motocicleta ocorrido em Cruzeiro do Sul–AC, no ano de 2020, quando sofreu múltiplas fraturas, Andreina Costa teve de viver em cadeira de rodas por quase um ano. Apesar das dificuldades, ela aprovada no Teste de Aptidão Física (TAF), do concurso do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e quer ser Policial Penal. O teste foi realizado na última segunda-feira, 22, na Vila Olímpica de Cruzeiro.
“Para mim foi mais difícil a corrida e a barra”, relata. Ainda há outras etapas pela frente até o resultado, mas ela comemora o que conseguiu até aqui, devido às sequelas que tem após o acidente.
A jovem sofreu fratura bilateral dos ossos do antebraço e joelho flutuante (fratura de fêmur e tíbia), sendo submetida a diversos procedimentos cirúrgicos no Hospital Regional do Juruá.
“Comecei indo caminhar com meu pai. Depois fiz fisioterapia, pilates e musculação. Eu andava e parava porque sentia muitas dores. Aos poucos fui conseguindo correr, mesmo mancando. A barra eu não ficava 3 segundos e sentia muita dor por conta das placas. Meu braço inchava. Quando faltavam duas semanas para a realização do teste, eu ainda não conseguia fazer o que tinha que executar para passar. Mas deu tudo certo. Passei por três fases. Prova objetiva, discursiva e o teste de aptidão física, que era meu temor por conta das minhas limitações”, relatou ela, que ainda terá que fazer o psicotécnico, e passar pela investigação criminal e o curso em Rio Branco.
Este é o primeiro concurso que a jovem faz. Atualmente ela está desempregada e acredita que será aprovada. Como já superou muitos desafios junto com a família, acredita na vitória. Andreina passou pelo tratamento de 1 ano, usou cadeira de rodas e passou 10 meses sem conseguir andar. “Fiquei totalmente dependente da minha família e não conseguia dormir com tanta dor”, relatou a jovem, que nesse período, trancou a faculdade de enfermagem, mas conseguiu concluir o curso. A próxima vitória que Andreina busca é a aprovação final no Concurso do Iapen.
“Depois que eu passei na prova teórica fiquei imaginando o que eu podia fazer, porque eu não conseguia correr nem dois passos. Mas eu não desisti, fui ao médico, me esforcei e passei no TAF. Tenho fé que serei uma Policial Penal”, concluiu ela.