Na cidade mais ocidental do Brasil, Mâncio Lima, iremos contar a história do empresário conhecido por Luiz da farmácia, de 71 anos de idade. Ele realiza um nobre gesto de humanidade e desperta a curiosidade das pessoas. No quadro Nossa Terra, Nossa Gente, vamos mostrar um pouco do trabalho do empresário Luiz Guimarães de Melo.
Luiz Guimarães chegou ao município de Mâncio Lima em 1989, local em que instalou a primeira farmácia da cidade, desde então tornou-se uma figura bastante conhecida em meio à sociedade manciolimense. Hoje, com mais de 70 anos, Luiz Guimarães se dedica a alimentar cães e gatos de rua.
Luiz conta que antigamente existia um açougue próximo a sua farmácia, e se aglomerava uma grande quantidade de cachorros que observavam as carnes à mostra. “Não gosto de ver qualquer ser vivo com fome, decidi então preparar cumbucas de água a ração e deixar na frente de minha casa para a hora que os bichinhos sentirem fome ou sede, puderem se alimentar”, explicou Luiz da farmácia.
O empresário realiza essa ação há 15 anos e conta que cerca de 20 animais são alimentados por ele. “Os cachorros vêm de longe para comer ou beber água, não me canso de fazer isso, pois sinto no olhar do animal a gratidão por fazer algo que possa ajudá-lo”, declarou Luiz.
Cerca de duas sacas de ração de 20 quilos são compradas por semana para alimentar os animais, com o valor em média de R$ 90 cada saca.
Em muitos casos, o animal chega com algum machucado, então o senhor Luiz trata do bichinho com remédios, curativos e até vacinas.
Muitas pessoas, que são donas de cachorro ou gato, que se alimenta ou passou por algum tratamento nas mãos de Luiz Guimarães, ainda tiram sarro do aposentado, dizendo que criam os animais para o Luiz sustentar o bicho.
“O que faço é de coração, não busco reconhecimento e apoio de ninguém. Tenho um amor muito grande pelos animais, tem mês que chego a gastar mais de R$ 700 comprando ração para eles, mas o que mais me deixa indignado é as pessoas pegar o animal e judiar do bicho, espancando, deixando com fome, entre outras ruindades praticadas com cães e gatos”, desabafa o aposentado.