O recente estudo “Cartografias da violência na Amazônia”, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta semana, lança luz sobre a preocupante disseminação de facções do crime organizado na vasta região da Amazônia Legal, composta por nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão.
“A fronteira amazônica possui a maioria dos municípios que são objeto de disputa territorial por facções, que geralmente se instalam para estabelecer o controle dos fluxos e das relações de poder que garantam o escoamento de drogas e outros ilícitos para o território nacional”, destacou a entidade à Agência Brasil.
Os dados revelam que em um total de 772 municípios abrangendo a Amazônia Legal, pelo menos 22 facções do crime organizado estão atuando, evidenciando a magnitude do desafio enfrentado pelas autoridades de segurança na região. O relatório destaca que 24% de todos os municípios da Amazônia Legal, um total de 178, têm presença confirmada de facções criminosas e 80 estão em disputa territorial, onde vivem cerca de 8,3 milhões de pessoas.
O estudo reafirmou que a expansão e consolidação das facções criminosas na região estão diretamente vinculadas às dinâmicas operacionais do sistema prisional.
Dentro da Amazônia Legal, destacam-se facções com alcance nacional, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Além disso, facções regionais como a Família do Norte (FDN) e grupos estrangeiros, originários do Peru, Venezuela e Colômbia, integram essa complexa rede do crime organizado.
As capitais da região que têm conflito entre facções são:
Manaus (AM);
Porto Velho (RO);
Macapá (AP);
Rio Branco (AC);
Palmas (TO).