Uma operação realizada na última quarta-feira (16), no Presídio Manoel Nery da Silva, em Cruzeiro do Sul, retirou ilícitos de dentro das celas. A ação foi realizada com policiais penais, em conjunto com o corpo administrativo e os coordenadores do presídio. O diretor do presídio, Elvis Barros, conta que os agentes adentraram no bloco oito e que a operação foi realizada com êxito.
O diretor informa que a operação contou com um efetivo maior de agentes e de tempo, sendo possível além de verificar a estrutura das celas, também encontrar os ilícitos escondidos. “Nós tivemos a apreensão de 32 invólucros de cocaína, mais 18 de maconha, tivemos um estoque retirado da parede e também pudemos encontrar um cabo de carregador de celular.”
Ele explica que os entorpecentes encontrados advém de um comércio de drogas dentro do presídio. “De diversas formas eles conseguem muitas vezes passar pelo crivo da segurança, e ao adentrarem com esse tipo de entorpecente, é comercializado por um valor altíssimo ali dentro. Graças a Deus, pudemos através dessa missão retirar mais uma quantidade significativa de entorpecentes de dentro do presídio”, conta.
Durante as buscas, dois homens assumiram a comercialização de entorpecentes no presídio. “Visitamos várias celas, tivemos pelo menos dois presos que assumiram o tráfico de drogas dentro do presídio, e mais os outros presos que assumiram ser portador dos estoques”, informa.
O diretor informou que os presos responderão administrativamente e provavelmente terão a pena postergada. “Eles também respondem o processo administrativo. Vai ser feita toda a verificação, se realmente a droga era dele, tem todo um trâmite administrativo. Provavelmente, a cadeia dele vai postergar por mais um tempo.Não sei te informar agora o crime que ele cometeu antes de entrar no presídio. O fator é que ele assumiu o comércio de drogas, e isso complica bastante a cadeia do preso.”
Elvis Barros explica que, mesmo com equipamentos de segurança de ponta, às vezes conseguem driblar o sistema. “Nós temos há bastante tempo uma equipe capacitada com equipamentos de ponta para que possamos coibir esse tipo de comércio, mas infelizmente uma hora ou outra ela passa, mas tenham a certeza de que a polícia penal está trabalhando para que cada vez menos nós tenhamos esse tipo de entrada de entorpecentes para dentro do presídio, porque nós sabemos que em um ambiente encarcerado a utilização de droga traz um dano enorme para o reeducando”, finaliza.