Na manhã desta quarta-feira, 29, o delegado-geral de Polícia Civil, José Henrique Maciel, juntamente com a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Elenice Frez, apresentaram os dados da Operação Átria, que foi realizada pelo Ministério da Justiça em âmbito nacional e executada pelas polícias civis de cada federação.
No Acre, a operação iniciou em 28 de fevereiro e encerrou na data de hoje, 29 de março envolvendo 71 agentes de polícia civil, atendendo todos os municípios do Acre, e teve um total de 396 mulheres atendidas, além de 20 mandados de prisão cumpridos, sendo 31 de prisão preventiva e dois de prisão temporária.
“Durante esses 30 dias da operação Átria, foram instaurados 420 inquéritos policiais de crimes praticados contra a mulher, sendo relatados e concluídos 544 inquéritos. Sabemos que o Acre tem o índice elevado de violência doméstica, mas a ação visa diminuir esses números na capital e interior”, explicou José Henrique Maciel.
Maciel diz ainda que o propósito da ação, além do combater a violência contra a mulher, por meio da apuração de denúncias, instauração de inquéritos policiais, realização de atendimentos às vítimas e cumprimento de mandados de prisão, também envolve ações educativas, como palestras, orientações e cursos.
De acordo com o titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Elenice Frez, a PCAC em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, capacitou 800 professoras da rede municipal de ensino para saberem atuar quando tiverem ciência de uma situação de violência doméstica.
“Nossa meta está mais distante do topo do ranking de índices de feminicídios e de violência doméstica que foi ocupado por diversos anos. Por isso precisamos da cooperação de toda a sociedade, pois não adianta só o poder público estar imbuído nesse dever, a sociedade e a família também têm a obrigação de apoiar as mulheres em situação de violência doméstica”, enfatiza Elenice Frez.
Além da operação Átria, a Polícia Civil do Acre, trabalha com ações corriqueiramente que abrange essa temática, com ações de educação, prevenção e repressão. Em muitos casos uma mulher que está sendo vítima de violência tem dificuldades de chegar a uma delegacia para fazer o registro, pois a vítima precisa de apoio e de ser encorajada para denunciar o agressor.
O nome da operação, Átria, faz referência ao nome da principal estrela da constelação denominada “Triângulo Austral” do hemisfério estelar sul. O astro tem coloração alaranjada e está na bandeira do Brasil. Segundo a Polícia Civil, em alusão a posição de destaque da estrela, a operação tem a finalidade de reposicionar a mulher, para retirá-la da condição de vítima e a colocar em evidência.