Em um evento político realizado esta semana na Câmara Municipal de Mâncio Lima pelo grupo que vai apoiar o pré-candidato a prefeito de Mâncio Lima, Chicão da distribuidora (MDB), dois professores, que devem zelar por valores éticos e princípios republicanos, deram uma verdadeira aula de menosprezo contra os pré-candidatos a prefeito, que não nasceram em Mâncio Lima. Raramente o bairrismo é encarado como uma atitude positiva, ainda mais vindo de educadores que tem a obrigação de promover a paz e a harmonia e colocar os interesses da população acima dos meros interesses pessoais.
Com esse mesmo discurso de que a cidade de Mâncio Lima precisa ter como prefeito filhos da terra, foi que Cleidson e Eriton derrotaram o grupo de Luiz Helosman em 2008, e ocuparam a prefeitura por oito anos. Embora tenha sido uma gestão com muitas obras, a gestão foi marcada por escândalos envolvendo a Justiça, e até hoje Cleidson Rocha responde a dezenas de processos, devendo milhões de reais aos manciolimenses, tendo, inclusive, os direitos políticos caçados pela Justiça.
Cleidson, Eriton e o próprio pré-candidato Chicão usaram todo o tempo do discurso para criticar candidatos que não nasceram em Mâncio Lima. Eles poderiam ter usado o tempo para comparar a gestão deles com a do atual prefeito. Essa questão de bairrismo soa como uma espécie de preconceito velado e não angaria votos. Se olharmos em nossa volta, veremos que os maiores cargos do município, como delegado, promotores, juízes e grandes empresários são ocupados por pessoas que não nasceram em Mâncio Lima, e nem por isso são menosprezadas pelos manciolimenses.
Os nobres educadores esquecem que o atual prefeito da cidade de Cruzeiro do Sul é filho de Mâncio Lima, e lá não se viu os adversários exortarem Zequinha Lima porque não nasceu nas barrancas do Juruá. O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, é natural de Mato Grosso do Sul, e não se ver os adversários com bairrismo. A vice-governadora, Mailsa Assis, também é de Mato Grosso, e nunca se viu um adversário contrário a ela por isso. Ninguém escolhe onde nascer, mas pode escolher onde morar.
Cleidson e Eriton parece que ficaram presos no tempo por quatro décadas. Quem tem mais de 40 anos e é de Mâncio Lima lembra que antigamente existia uma rivalidade entre o Guarani, a Vila e a Colônia. Em determinados dias da semana nenhum rapaz poderia ir em outros bairros paquerar as moças, pois os rapazes do bairro colocavam os namorados para correr com teçados e toras de madeiras.
Ademais, a região do Vale do Juruá é intrissicamente ligada. Vários servidores públicos que moram em Cruzeiro do Sul trabalham em Mâncio Lima, assim como há manciolimenses que trabalham em Cruzeiro do Sul.
Novamente Chicão erra, ao ficar rodeado de pessoas da velha política, cheias de discursos viciados e sem terem algo de bom para mostrar do tempo em que ocuparam a prefeitura.
Uma cidade igual Mâncio Lima, que apresenta grandes índices de desemprego, educação deficitária, saúde pública caótica e ausência do poder público em boa parte da zona rural, precisa de soluções urgentes, a ser discutida pelos grupos políticos com a sociedade, e não de discursão em saber onde fulano ou cicrano nasceu.
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