NO EMBALO!
A antiga rivalidade entre o 11 do PP e o 15 do MDB vem de muito tempo entre os eleitores de Mâncio Lima. Por incrível que possa parecer, até hoje têm pessoas que não votam em nomes, mas no número do partido.
Desde a redemocratização, em 1988, os números 11 e 15 estiveram em todas as disputas pela prefeitura de Mâncio Lima. Foram esses números que os eleitores se acostumaram a votar, com uma breve pausa para o 13, onde o PT foi eleito duas vezes (2016/2020).
Em 2012, o protagonista do Partido Progressista foi o ex-prefeito Luiz Helosman, que ficou em 3º lugar na disputa pela prefeitura de Mâncio Lima. Em 2016, Silene à frente do partido ficou em 2º lugar, perdendo para o 13 do PT, que montou uma grande estrutura com apoio do governo, mas quase perde a disputa. Em 2020, se não fosse o problema com a Justiça, Silene seria prefeita atualmente pelo PP, novamente levando o 11 à prefeitura.
MDB QUER VOLTAR
O MDB, no início da história foi comandado pelo engenheiro Paulo Lima Dene, que foi prefeito por duas vezes em Mâncio Lima. Depois de Paulo Dene, Cleidson Rocha foi a principal estrela do partido, quando foi prefeito por oito anos (2009 a 2016). Agora o MDB aposta que retomará a prefeitura com a força do empresário Chicão da distribuidora, cunhado de Cleidson, e que conta com o apoio dos ex secretrários de Cleidson, a exemplo de Isete Pinheiro, Amarilio, Josianes e do próprio Cleidson Rocha.
FUSÃO DE DOIS GRANDE GRUPOS
Com a fusão do grupo do Isaac com o grupo da Silene fica difícil prever um cenário em que o próximo prefeito não seja do Progressista. Além de o grupo reunir toda a máquina da prefeitura e do estado, traz ainda o apoio de deputados federais, deputados estaduais e a maioria dos vereadores de Mâncio Lima. A ideia de reunir o grupo partiu do próprio governador Gladson Cameli, estrategista político nato e pé quente na política.
SEM EXPRESSÃO
Mesmo sendo partidos que já estiveram por cima da carne seca em Mâncio Lima, o PT e o PC do B atualmente estão em fim de carreira, tanto a nível estadual, como também no cenário municipal. Atualmente o PC do B não tem nenhum vereador em Mâncio Lima, e sua maior estrela é o professor Eriton Maia, que embora seja uma pessoa de grande estima em Mâncio Lima, politicamente não tem mais força. Já o PT tem três vereadores, e todos devem acompanhar Isaac no próximo ano com a janela partidária, ocasião em que poderão mudar de partido.
3ª VIA
São diversos os nomes que podem puxar a 3ª via na disputa pela prefeitura, a exemplo do empresário Antônio Marazona, do professor Josimar, do ex vereador Rogério Morais, do candidato indicado por Alan Rick, da ala evangélica e até mesmo de dissidentes do PP. Se todos esses nomes se reunirem em um mesmo palanque vai dar trabalho para o grupo de Isaac. Se não houver uma terceira via, é natural que esses nomes se dividam, indo uns para o grupo do MDB e outros para o grupo do PP. Todavia, por estar com a máquina na mão, o grupo de Isaac poderá ser mais atraente.
É NATURAL
É natural que o grupo da Silene se juntasse ao grupo de Isaac em vez de se aliar ao MDB. Nas eleições de 2020, o MDB fez de tudo para tirar Silene da disputa e ceivou sua candidatura antes mesmo do dia da eleição. Se tivesse sido mais inteligente, o grupo do MDB teria deixado o processo eleitoral correr naturalmente, e em caso de vitória dela, acionariam a justiça eleitoral e o 2º colocado assumiria a prefeitura.
NUNCA TEVE ACORDO
Quem conhece a história de Silene Siqueira e esteve na linha de frente de sua campanha sabe que ela jamais agiu de má-fé com seus eleitores. Ela usou todos os recursos oferecidos pela Justiça para manter a candidatura dela e da filha até o último grau de jurisdição. Não houve nenhum acordo com o grupo de Isaac para evitar que o MDB chegasse ao poder.
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