Na reunião da bancada federal com o governo do estado que visava discutir avanços na execução de recursos de emenda, o senador Márcio Bittar e o deputado federal Zezinho Barbary atacaram o discurso do governo federal de defesa do meio ambiente.
O senador Márcio Bittar criticou a aplicação de multas ambientais, que segundo ele, advém de um discurso europeu empostado no governo brasileiro. “Não há outra alternativa: se as pessoas na Amazônia não puderem explorar os recursos naturais, vamos nos eternizar pobres”, disse. O senador falou ainda que durante o domínio dos governos petistas no Acre, na instauração do que ele chama de projeto de florestania, o estado não avançou. “Ficamos mais pobres e mais violentos”.
Já o Deputado Federal Zezinho Barbary mencionou um documento entregue pela bancada federal na sede do Ministério do Meio Ambiente, que pedia soluções diante de ameaças de embargos e multas dos órgão de controle ambientais. “Enviamos há mais de 20 dias, e até hoje não tivemos respostas. Só estamos sendo cobrados pela conservação. Um descaso total, desrespeito”, disse.
A pasta do Meio Ambiente do governo federal é chefiada pela ministra Marina Silva, acreana, que hoje disse em coletiva ter conseguido aumentar as autuações ambientais em 219% no Brasil, com apenas 700 fiscais à disposição do órgão.
Comemoração para uns, completa desgraça para outros. Para Zezinho Barbary, tal pressão das leis ambientais sob o comando de Marina demonstra que falta a ela conhecimento da terra onde nasceu. “Acho que ela não é daqui, teve o ovo trocado no ninho. Uma pessoa que age dessa forma não tem amor nenhum ao Acre. Acham que está tudo bem mandar a esmola do Bolsa Família. Só chega a mão que cobra, a mão que dá benefícios não chega”. O deputado pede a reativação e ampliação do programa Bolsa Verde, iniciado durante a gestão de Dilma Rousseff e extinto no governo Temer.