Ainda falta quase um ano e meio para as Eleições 2024, que acontecerão no dia 6 de outubro. Mas é certo que as articulações políticas já começaram e o prospecto das eleições do próximo ano estão ocorrendo nos bastidores.
Em Mâncio Lima, há quem diga que há candidato com nome, mas sem grupo. A outro giro, há candidato com grupo, mas sem nome. Isso não significa muita coisa na política, que não é uma ciência exata. O dinamismo da política favorece àqueles candidatos mais articulados.
Conforme já havia anunciado este site há meses, dos 16 nomes que almejavam concorrer à prefeitura, de 10 a 12 já desistiram. Até o momento, de quatro a seis nomes ainda se sujeitam a formarem grupos para irem até o pleito eleitoral. Um dos maiores desafios para custear uma campanha política é o recurso financeiro. Somente um empresário que tenha bala na agulha pode sustentar uma campanha majoritária. Nesse sentido, dos quatro nomes mais fortes das eleições do próximo ano, todos são empresários.
Em uma posição muito confortável está o empresário José Luiz da JL, que tem o apoio do governador Gladson Cameli e do prefeito Isaac Lima. Só com o poder da máquina Zé Luiz já entra na disputa com um saldo de 30% a 45% dos votos. Quem o conhece sabe, que se Zé Luiz tiver a oportunidade de conversar pessoalmente com lideranças políticas e com os eleitores, ele tem um alto poder de persuasão. Ele é do tipo que honra a palavra. Dificilmente terá alguém que fale mal do Zé pelas qualidades pessoais dele. Como uma pessoa astuta já tem conquistado lideranças dos rios Môa e Azul, além das comunidades pentencostes e Belo Monte.
Ao lado, o candidato do MDB, Chicão da distribuidora, que foi o 2º mais bem votado nas eleições de 2020 também está em uma posição confortável. Embora tenha perdido a força da deputada federal Jéssica Sales, que foi derrotada em 2022, o empresário tem sido procurado por partidos políticos para aliançar. Por não ter nada a oferecer às lideranças políticas, ele tem tido dificuldades para forma seu grupo. Os grupos do Deda, do Marazona e do vereador Evandro chegaram a conversar com Chicão, mas a aliança não vingou. Agora Chicão tem se aproximado do ex deputado Jonas Lima e dos empresários da Lima&Pinheiro, o que poderá fazer a junção do MDB e PT em Mâncio Lima no próximo ano. Se vingar essa união, Chicão tem tudo para crescer. A campanha dele está como uma fogueira fria, mas que pode ascender a qualquer momento.
O novo da política é uma promessa do empresário Antônio Marazona, que há quase um ano vem reunindo lideranças de vários segmentos da cidade de Mâncio Lima. Ele acredita que o município precisa de emprego e de transparência dos recursos públicos. Marazona diz que os candidatos do MDB e PP representam o interesse de grupos de empresários que fazem da prefeitura de Mâncio Lima um balcão de negócios há mais de 20 anos, e que a prefeitura precisa ser devolvida ao povo, que sofre com a falta de atenção do Poder Público. De origem humilde, Marazona conta que já sofreu na pele o como é difícil a vida para um desempregado, e aposta na construção civil para criar mais de mil postos de trabalho em Mâncio Lima.
Nos últimos dias tem crescido o número de apoiadores do empresário Andisson Silva de Lima, conhecido por Andim. Ele também veio de família humilde e se tornou um grande empresário da construção civil. Além da rapidez na entrega de suas obras, Andim se orgulha de gerar empregos para mais de 50 pais de família. Deda, que é um dos políticos mais astuciosos do Acre foi quem viu em Andim a possibilidade de derrotar os outros candidatos. Ademais, o jovem empresário vem reunindo lideranças, a exemplo do vereador Mazinho do Povo. Andim falou a nossa reportagem que é grande a possibilidade de ele não recuar dessa disputa. “Estou ouvindo as lideranças e as chamando para o grupo. Se no próximo ano eu tiver um grupo forte, vamos para campanha”, disse ele.