Na eleição de 2020, a candidata Silene Siqueira aparecia em todos os cenários como favorita à prefeitura de Mâncio Lima. As pesquisas apontavam que ela tinha de 40% a 50% dos votos dos manciolimenes, o que equivale de 4 a 5 mil votos. Mesmo após a Justiça Eleitoral ter cassado o registro dela e a coordenação de campanha ter colocado a filha dela como candidata de forma intempestiva, o grupo de Silene ainda obteve 3.321 votos, considerado pelos analistas políticos uma ótima votação para quem manteve a candidatura sub judice durante todo o período eleitoral.
Essa votação obtida por Silene, em 2020, pode fazer toda a diferença na eleição do próximo ano. Embora ela tenha se aliado ao grupo do prefeito Isaac Lima, a transferência da totalidade de votos é impossível, e os partidos estão de olho nessa fatia do eleitorado.
As pesquisas realizadas recentemente pelos grupos políticos apontam que no atual cenário, mais de 30% do eleitorado de Mâncio Lima ainda não sabe em quem votar. E esse cenário tem ligado o alerta em grupos que almejam chegar à prefeitura no próximo ano.
Um dos políticos que acredita que pode abocanhar a maioria desses votos é o ex vereador Rogério Morais, que foi vice na chapa de Silene. Rogério rompeu com Silene e agora faz parte do PSD, que tem como presidente o vereador Vlade Vasconcelos. O pai de Rogério, Raimundo Morais, deverá se filiar ao PSD no próximo ano. Rogério se declarou pré-candidato a prefeito, contando com o apoio de dois vereadores, do senador Sérgio Petecão e do deputado estadual Pedro Longo.
Outro político que busca os antigos apoiadores de Silene é o candidato do MDB, Francisco Rodrigues, conhecido por Chicão. Até o momento, nenhuma liderança do PP declarou apoio ao Chicão, mas cogita-se que o vereador Evandro Nascimento deve sair do PP e se filiar a outra sigla, e assim se apresentar como vice na chapa do MDB.
A outra vereadora do Progressita, Reziane Barros, também se afastou de Silene Siqueira, e não manifestou, por enquanto, nenhuma preferência pelo grupo do MDB ou do sucessor de Isaac Lima.
Um dos motivos do rompimento dos dois vereadores progressitas com o grupo de Silene é a distribuição dos cargos do governo, que na grande maioria são indicados por ela, que ocupa a presidência do partido em Mâncio Lima.